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7 de abril de 2012

The Great Divorce

Olá pequena mente, hoje eu estou com um humor bem melhor do que o da semana passada, nada daquela coisa de reclamar no twitter que a vida assistindo crepúsculo está um tédio, creio que estou meio grog por causa do remédio receitado, mas creio estar melhor. Bom de qualquer forma, já tem um tempo que não sento nessa cadeira para escrever outra coisa que não seja minha vida, essa que me estressa, decidi dessa forma escrever algo que fico contente em comentar, vou escrever um pouco sobre leitura e autores, bom é que estou lendo um livro de um autor, e queria abrir um espaço pra comentar bastante sobre o autor e o livro.

Capa Inglesa do livro
O Grande Abismo: "C.S Lewis deu início a uma trilogia espacial, fictícia, obviamente, sua intenção principal, que foi a mensagem nas entrelinhas, não foi entendida por muitos, as vezes só subentendidas em algumas frases muito claras. Em uma carta, a uma freira de uma igreja que frequentava quando criança, diz que se surpreende, porque poucos daqueles que leram, entenderam a mensagem cristã que o livro passa. E bom, é dessa mensagem que pretendo falar, mas eu outro dos seus livros. Um homem, o narrador, e na interpretação de alguns C.S Lewis se encontra em uma cidade com uma característica estranha, uma cor cinza, representando sua tristeza, sonhos mortos, acumulados com desespero, um lugar figurativo para o Inferno. Então ele vai esperar um ônibus com algumas pessoas, entra no ônibus, conversa com algumas pessoas, elas saindo do ônibus se veem como monstros, e conhecem alguns espíritos, esses espíritos tentam convencê-los de se arrependerem, de tentarem ir para o céu, mas eles muito orgulhosos, e cheios da preferência por algo momentâneo porém claro, e digamos assim: "aqui", sem precisar de nenhuma especulação para ver se é verdadeiro, ou só algo da cabeça de alguém, algo acomodável e confortável. Então, eles arrumam desculpas, algumas quase chegam a ser uma justificativa para seu cérebro humano fechado, para que eles voltem a cidade cinza." Resumo meu sem spoiler.
Bom, a mensagem retratada pelo livro, é sobre o comodismo do ser humano, a viagem é "organizada" ou orientada, por George MacDonald um poeta/pastor escocês, embora não concorde muito com suas idéias, ele é um cristão digno de reconhecimento por mais que misture lendas, e contos, com a teologia. O livro é uma alegoria, algo que por mais que algumas pessoas não gostem dos seus métodos, ou concordem com suas conclusões, ele domina. Neste livro, Lewis nos leva a pensar sobre o que impede as pessoas de alcançaram a realidade do céu, seja "céu" definido tanto como uma disposição mental atual ou um lugar/estado futuro: o orgulho, o racionalismo, o medo, a vergonha, o pessimismo, o egoísmo, o passado, o desejo de dominação emocional (um falso amor), todas estas coisas, entre outras, impedem os seres humanos de verdadeiramente, por meio de Cristo, chegarem a Deus, porque são acomodados. A atitude parte de forma mental, assim como o pai de uma menina doente, antes de Cristo curá-la, ele questiona ao pai: "Você crê - pergunta Cristo - Creio, mas ajude-me na minha incredulidade - Responde o pai" ele vai mostrando, que pra crermos que conseguimos alcançar o céu, dependemos de uma disposição mental, que leva a uma disposição física, até uma disposição completa, uma disposição para conhecer a Deus.
A maioria das pessoas que eu vejo que leem o livro, chegam a uma conclusão errada, eles confundem abnegação com amor, eles acham que a abnegação é algo supremo e necessário, mas assim como Lewis diz em O Peso da Glória: Se perguntassem aos homens atuais de 20 homens cristãos 19 responderiam que a maior característica do ser humano é a abnegação, mas se fosse perguntar para antigos filósofos cristãos, todos responderiam com certeza: é o amor. A Abnegação não é o que o ser humano precisa para ir para o céu, para fazer esse sacrifício, mas um amor supremo por Deus, o matar o seu eu mesmo parte do amor de uma forma automática, quando você ama a Deus mais do que a você mesmo.
Do livro se tira uma conclusão então, não mais precipitada: "Como podemos pedir perdão a um Cristo que morre na cruz, sendo que continuamos no erro? Isso não é um arrependimento, mas um simples pedido de perdão, algo automático da sua língua cristã. Para alcançarmos esse céu, devemos manipular nossa carne com o nosso espírito, e ensiná-la que o prazer de que estar no céu é maior do que um prazer momentâneo, e que o amor por Deus, e o amor de Deus, há de nos constranger, e nos ensinar, a convivermos com o nosso eu mesmo, mas nos reverenciando e temendo a Deus. O comodismo é o que destrói a igreja, devemos aprender a matar isso, porque quando amamos verdadeiramente a Deus, não nos acomodamos com um evangelho fraco e inexistente."

10 comentários:

  1. mudaria o titulo do post pra Our Great Divide
    suhsushuashuashuashasusa
    enfim

    essa frase reanimou mto dos meus pensamentos: ''O comodismo é o que destrói a igreja, devemos aprender a matar isso, porque quando amamos verdadeiramente a Deus, não nos acomodamos com um evangelho fraco e inexistente''

    mto digno vini

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  2. Interessante ver você comentar deste livro. É meu livro que leio uma vez ao ano, no mínimo. Cada vez que leio, tenho uma visão diferente.

    Acho que é assim que deve-se funcionar. Cada leitura ser como uma nova e falar com o leitor de diferentes modos.

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  3. Sim, só peguei um ângulo dessa rede cheia de teias de idéias que Lewis coloca nesse livro maravilhoso.

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  4. Texto muito digno, achei sincero. É verdade, por bens exteriores as pessoas andam se deixando esquecer do que realmente importa. Pensam muito no momento e deixam o por vir falível...

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  5. Lewis é encantador, e como você mesmo disse, alegoria é uma coisa que ele domina...

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  6. Até um assunto insuportável se torna interessante...

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  7. @Peedro exato, eu creio que a essência seja essa a ser passada.

    @Denieel Quanto tempo não da as caras por aqui, enfim, ignoro seu segundo comentário.

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  8. *-* Nossa épico seu texto, mesmo com essa sua paixão gay por esse cara, ele e mesmo um gênio. Creio que você está se tornando também.

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  9. Nossa, eu já li a trilogia espacial do Lewis, e não tive essa visão tao clara *-*

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  10. ^^ Obrigado Matheus, espero esclarecer mais coisas.

    @GustavoT Quem me dera, ser comparado ao Lewis...

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